quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eleições 2010




Que no dia 03/10/2010 ocorra o voto da consciência. O voto que não será um Deus lhe abençoe Lula pelo Mensalão, cartões corporativos, etc. e todas as outras barbaridades que vimos ocorrer nos últimos oito anos e que corremos o perigo de vermos bom você por detrás por mais quatro anos, ou pior, oito anos.

Não é feio mudarmos nossas opiniões, nem nossos conceitos. É primeiramente um ato de humildade, de reflexão, de passarmos determinados sobre o crivo da razão. O que horroriza é a hipocrisia, o engodo e a dissimulação quando as coisas que o senhor e seu bando fiel mudaram o discurso dos anos 80 e 90 revestindo-se na pele de cordeiro e tornou este País no berço da corrupção que se estende em todos os órgãos onde vocês colocam as mãos.

Não estou pregando que se deva votar neste ou naquele partido, nesta ou naquela pessoa, mas tenho certeza que existem pessoas menos piores do que a vossa aríete, vossa fantoche. Sei que a situação de todos nós, pelo menos a grande maioria passamos por diversas dificuldades; não apenas financeiras como também de inclusão social, acesso à saúde, educação, transporte, segurança e todas as demais necessidades básicas que o Estado tem por dever nos fornecer já que infelizmente nem todos podem ou tem condições para obter isso com os próprios esforços, ainda a cultura controlada onde pretende-se deixar o povo na estagnação necessária, no embotamento mental para que continuem a vender seus votos em troca do pacote do bolsão que é distribuído para tantos, quando o melhor talvez fosse dar condições (e tiveram já oito anos pra isso assim como os demais antes de vocês) para que pelo próprio esforço pudéssemos abençoar nossas posses na dignidade do nosso trabalho.


Boa votação e que Deus nos ajude sempre.

Um simples eleitor

“Pior do que uma ditadura, é uma ditadura disfarçada de democracia.”



“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. – Martin Luther King”

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escolhas...


Tava lendo um posto no blog de uma amiga sobre as escolhas que fazemos... ou ainda sobre as escolhas que nos escolhem...e lembrei de uma história muito boa.
Levei uma amiga pra praia com a filha de três anos, que independente, foi no banheiro e não avisou a gente.
Não conseguiu subir na privada em tempo e fez coco no chão.
Com medo de levar bronca pegou com a mão e jogou no vaso, e quando deu descarga sujou também o vaso...
Foi abrir torneira pra lavar a mão e sujou a torneira e começou a chorar e gritar:
"- Ai tia, vem aqui!!!! Quanto mais eu me limpo, mais eu me sujo....!!!"
Escolhas são momentâneas, nem sempre o que queremos hoje, é o que queremos pra sempre. Ou ainda, é o que é melhor pra nós.
Fica aqui a dica, a melhor escolha, é a que suja menos.

http://logocoexistencia.blogspot.com/2010/09/escolhas.html

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Envelopinho


Já falei aqui que trabalho na área comercial...
Bom uma das formas de comissão/motivação é o envelope.
Você atinge um objetivo x, imposto, e ganha um envelope no valor de quinhentos reais por fora do seu salário.
Desde que entrei, só recebi no primeiro mês.
Nos demais, eles deram um jeitinho de torná-lo inatingível... e o que era motivacional, passamos a cagar e andar.
Este mês está sendo atípico.
Implantaram um sistema manco ( “o novo CRM” ) e trouxeram pra meta parte do mês de dezembro ( maior em ativos da companhia). No meu caso, a meta simplesmente dobrou...e tornou-se impraticável.
Sem falar no IQV. Temos meta de visita, pagamos por clientes perdidos, por pedidos vendidos por outros e cancelados, por visitas não realizadas... até pelos excedentes que o cliente utilizou no ano anterior... coisas de área comercial.
Há pelo menos duas semanas estamos sinalizando preocupação e desespero, e ouvimos da liderança que nada mudou, e que este não é um mês atípico.
Ah, o envelopinho.... este mês corresponderia a 100% do número de parte da meta inatingível...e claro, esta estava longe de ser nossa preocupação.
Pela manhã, os líderes estiveram em reunião. Esperávamos alguma boa notícia, como o cancelamento da meta de dezembro.
Desceram os dois gerentes com as carinhas mais felizes do mundo... convocaram uma reunião extra-oficial e disseram: “-Pessoal, mudamos a regra do envelopinho!!! É só chegar em sem por cento do resultado ponderado sem o IQV!!!”
Como se fosse o prêmio da Mega Sena, e como se somente por isso em três dias elevaríamos um resultado de 9% para 100%.
Primeiro, corremos atrás do resultado porque este é o nosso trabalho.
Mudar a regra do jogo com ele em andamento, embora procedimento corriqueiro na empresa, não traz mais ou menos mérito no resultado, apenas queda da credibilidade.
E por fim, pergunto aqui:
“- Se não é um mês atípico, porque mudar a regra faltando três dias e meio?”
“- Motivação não combina com subestimação...”
Saco na lua.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dica do dia


Segredo de dois, só matando um.
Lembre sempre que a sua melhor amiga de hoje, pode ser sua inimiga de amanhã.
E que embora possa parecer impossível, muitas vezes acontece.
Por isso, se acha que uma história pode ser comprometedora, conte pro seu diário... ou pra algum terapeuta em outro distrito...

domingo, 19 de setembro de 2010

Certa noite dormimos abraçados....


Certa noite dormimos abraçados,
Como há muito não fazíamos...
Estávamos descansados, conversando.
Você apagou a luz e desligou a TV.
Eu pedi um abraço...
Fiquei quieta ouvindo seu coração bater, sentindo seu cheiro.
Disse baixinho:
“-Podíamos dormir assim toda noite...”
Você respondeu sorrindo:
“-Mas você não pára quieta...”
Suspirei...
Pensando que o abismo que nos deixa tão distantes
Só existe porque a valorização da inquietude
Vence o abraço...
Que de tão raro, vira poema.
E fiquei quieta enquanto pude,
Esforçando pra não me mexer...
Praquele momento durar pra sempre.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Viver despenteada


Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,
por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos
eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,
toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça,
coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...
e talvez deveria seguir as instruções, mas
quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita
eu tenha que me sentir bonita...
A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável!
Admire a paisagem, aproveite,
e acima de tudo, deixa a vida te despentear!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...





Li este texto no perfil do orkut de uma amiga e resolvi compartilhar...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nina...


Sempre demonstro minha paixão por bichos, em especial cachorros. Hoje vou compartilhar uma história mais do que triste.
Domingo de sol, almoçamos no Outback com meus cunhados. Um almoço bem agradável em família.
Voltávamos pra casa, era fim de tarde, estávamos a menos de cem metros do nosso destino, em uma ruazinha antes da minha quando tudo aconteceu em câmera lenta...
Uma senhora com uma cadelinha Yorkshire (igual a Penélope que eu tinha) no colo, em câmera lenta desce a cachorrinha ao chão e a solta da coleira... ela vem andando sentido à guia e em câmera lenta penso, “Meu Deus, ela não vai parar”...
No banco do passageiro, assisti a tudo pelo retrovisor...ela desceu da guia direto pra roda de trás do nosso carro... e escutei a Dona gritando:
“- Meu Deus!!! Nina minha filha!!! Socorro!!!!”
Paramos o carro, enfiamos a mulher e a cachorrinha e levamos a uma clínica veterinária.
O marido da mulher chegou em seguida urrando de chorar...
O Cleber verde de tão pálido. Eu temendo mais do que vara verde fazia água com açúcar para todos e rezava pra Deus que não deixasse a Nina morrer ao mesmo tempo em que sabia que ela estava morta, depois de ver seus olhinhos vidrados.
A Sra. gritava:
“- Nina, meu amor, não morre!!! A vovó ta aqui!!! Ela sempre anda sozinha, sem coleira...”
O Sr. chorava e dizia:
“- Acabou tudo, minha vida acabou!”
Que merda! Que tragédia!
Como é que faço pra voltar no tempo e atrasar ou adiantar cinco minutos a passagem do carro?
Ou ainda, pra iluminar esta mulher pra não soltar a coleira da Nina?
A palidez do Cleber esmigalhava meu coração já destroçado...
Eu sabia exatamente o que àquela família sentia... e sabia que nada faria passar.
Que responsabilidade...que injustiça.
Que fragilidade...
Que coisa mais linda, acabava de morrer diante de meus olhos por uma fatalidade.
Ficamos até o final, a Sra. saiu com o corpinho da Nina em uma caixinha pra enterrar no jardim.
Sentia tristeza, compaixão, ânsia de vômito, dor de barriga, vergonha...
Sabia que não éramos culpados, mas sentia o peso da culpa.
Perguntei pro veterinário chorando muito, o que é que se fazia nesta hora.
Ele respondeu:
“-Vocês fizeram o certo, prestaram socorro!!!”
Na clínica, tinha um gato cinza com insuficiência renal dentro de uma jaula com um daqueles chapéus de abajour... ele encostou na grade, miou, eu coloquei meu dedo na cabeça dele e ganhei uma lambidinha que dizia “não chora mais...”
Voltamos pra casa.
A imagem do acidente, ainda vem à minha cabeça a cada cinco minutos.
Aqui, peço perdão à família, e principalmente a você, Nina... tenho certeza que sua vida era linda...e que agora você foi pro céu, virar anjinho de Papai do Céu junto com a Penélope e a Dorinha.
Triste...

sábado, 11 de setembro de 2010

A mendiga do supermercado


No supermercado com o marido e entra uma mendiga alto astral dizendo:
"-Oioi, boa noite!" Com uma garrafa de 51, pediu licença, furou a fila, pagou, conferiu o troco. A gerente veio pedir pra ela sair, olhou pra gerente e disse: "- Mal amada!" Começamos a rir.
Na saída pediu uma moedinha pro Cleber que fez com a cabeça que não. Olhou pr...a ele fixamente com uma cara de Nazaré e disse: "- Goossstoso!" Rolei de rir...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010



Um pouco de Montevideo.

Feriado em Montevideo


Depois de uma semana estressante, duas horas de trânsito na Marginal Tietê, chegamos em cima da hora pra fazer o check in, e claro, nossos acentos reservados há três meses, haviam sido desmarcados pela Gol...
Reclamamos mas o atendente simplesmente respondeu:
“- Se quiserem esperar em solo por causa de um acento!!!”Ficamos muito putos, e novamente aproveito pra dizer que as companhias aéreas fazem o que bem querem...
Encontramos o Maia e a Dora, que por incrível que pareça estavam no aeroporto, prontinhos com tudo em ordem e embarcamos.
O vôo foi com emoção, com direito a turbulências e dificuldade pra pousar na escala, àquela baboseira de dedetizar o avião com a gente dentro... Não contei aqui?!
Bom, países como Argentina e Uruguai, impõe que para pousar em seu solo, aviões brasileiros após o embarque e fechamento das portas devem ser dedetizados! Isso mesmo, com a gente dentro!!! A comissária avisa que não é prejudicial à saúde e dá-lhe spray no avião... todos que não prendem a respiração durante, têm acessos de tosse... só no Brasil é que não tem porra nenhuma pra entrar.
Chegamos a Montevideo em uma madrugada mais do que fria.
De cara o taxista perguntou se era dia de algum santo no Brasil, e avisa que a cidade está invadida por brasileiros.
Ficamos hospedados no Íbis Hotel em frente ao “mar” na cidade velha.
A orla é cheia de praias, divididas por poder aquisitivo. Lembra muito o Guarujá. Porém a nossa frente o que parecia mar era o Rio da Prata...
No dia seguinte, muito frio e garoa, fizemos passeios culturais em praças e igrejas, almoçamos no Mercado Municipal ( um galpão cheio de restaurantes). Boa comida, mas a fumaça das churrasqueiras acaba defumando. O atendimento é bom e os uruguaios são muito solícitos. Mas não pedem licença, apenas empurram você!!! O que me fazia rolar de rir. Experimentamos o drink local chamado Mejo & Mejo, que nada mais é do que a Cidra Ceresér uruguaia.
À noite, fomos a uma rua repleta de bares e baladas que lembra Campos de Jordão e entramos em um Pub Irlandês. Na entrada ainda brinquei: “-Só falta ter um cara tocando gaita de fole” e acreditem, a noite foi regada a música celta, com bumbos e gaitas... e depois de um drink sugerido chamado “Black Russian” (vodka com licor de café) seguido da melhor sangria que já tomei na vida, acompanhei o Maia em sua performance celta.
Com o caco cheio, pegamos um táxi, que tocava “toda vez que eu chego em casa, a barata da vizinha ta na minha cama” ainda que parecesse sacanagem era real, e voltamos pro hotel fazendo dancinhas e divertindo o taxista.
Fomos a um bom restaurante chamado Don Pepperone, fizemos o City tour proposto pelo hotel, comemos o Chivito... lanchinho de fillet mal acabado e sujo, os meninos alugaram bicicletas... demos uma passada no cassino.
Tudo tranqüilo.
Não tem muito o que comprar. Os valores são acessíveis.
Come-se bem, gasta pouco.
Um real vale dez pesos uruguaios, tornando mais divertido pagar uma conta de mil pesos...
E como tudo que é bom dura pouco, voltamos na madrugada de segunda, num vôo novamente com emoção...
EU AMO VIAJAR!!!

História real...


Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Cláudia. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Cláudia profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Cláudia.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Cláudia sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Cláudia em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Cláudia, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Cláudia abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Cláudia. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Cláudia. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Cláudia então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Cláudia para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Recebi, achei excelente e resolvi compartilhar...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010


Passando por aqui pra contar que mesmo quebrada, moída, doente, com muita vontade de desistir e mandar tudo à merda, BATI A META!!!!!!
E setembrão, chegou chegando... tudo novo de novo!