quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Conclusão amarga sobre o corporativismo
Onde falta experiência, sobra prepotência...
Onde sobra arrogância, falta conhecimento.
Onde falta talento, sobra o medo.
Medo de perder o controle,
Medo de não ser o melhor...
Medo de não ser o primeiro...
Mas o medo é para os fracos,
Pros impotentes...
Pros despreparados.
E disso, infelizmente o mudo está cheio!
Cheio de gente que pensa pequeno
De gente que só pensa em si mesmo
Que têm medo da verdade!
É assim...
Cada dia mais nos vemos cercados de hipócritas
Desprovidos de talento, caráter e cérebro.
São bons apenas em puxar o saco
E tirar do caminho qualquer um que seja um pouquinho melhor.
E fica cada vez mais difícil entender onde é que isso tudo vai parar
Despreparo, ego, acidez...reflexo da falta de caráter, estudo, bom senso.
População surda e muda,
Sem coragem, sem cultura
Liderada pelas piores mentes
Calada pelo medo de se sobressair e ser eliminada do jogo
Da vida cotidiana, corporativa
E é assim que o fraco se fortalece
E é assim que o forte se torna fraco
Sufocado pela discórdia causada pelo incompetente...
Ressentido por conseguir compreender tudo tão claramente
E por tantas vezes,
Não ter com quem conversar.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Disconexa...
Mas é isso e não é só isso...
Se não bastasse o meu cinismo, eu me senti escolhida por minhas próprias escolhas.
Eu argumentei...
Rasguei o verbo, e com ele meu coração.
Emudeci.
Vai ver que em algum momento eu perdi o tempo...
Ou a vergonha na cara
E to aqui sentada, escrevendo idéias disconexas
Tentando silenciar a voz dentro da minha cabeça.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
A garota no closet
A garota dentro do closet, estava sentada, encolhida...acoada... De repente começou a se olhar de canto no espelho... fez isso por horas. Chorou até que borrasse o rímel. Limpou com a mão, escorreu ainda mais.
Com o nariz entupido e o rosto inchado, percebeu que não havia nada de errado com ela, somente com o que ela esperava do mundo. Mas como ela não aprendeu a não esperar nada de ninguém, resolveu se reinventar. Jogou fora as antigas cartas, rasgou os poemas escritos e nunca entregues... cortou cabeças de fotos. Deletou nomes dos amigos no facebook...Doou sapatos novos e lindos que machucavam os pés, e com eles as calças quarenta que nunca mais voltariam a servir. Jogou fora os diários que virariam um livro. E antes que desaparecesse no meio do lixo, obrigou-se a ficar em pé, em frente ao espelho.
Sentia-se exausta e ao mesmo tempo leve, e feia...com sede de mudança.
Tirou a roupa, e ainda que em frente ao espelho, não teve coragem de se encarar. Sentou no chão. Pegou uma pinça e tirou as sobrancelhas, procurou a tesoura e aparou os pelos... então encarou o espelho, e com ele, os cabelos ressecados, presos num coque de pontas espetadas... começou a cortá-los, de maneira voraz, bagunçados como a sua cabeça. Abriu o armário. Encontrou uma tintura qualquer e aplicou na cabeça,
manchando a testa, as orelhas, as coisas espalhadas no chão. Pintou também as sobrancelhas, encarou o espelho e sorriu, com a imagem assustadora, divertida e melecada que assistia.
Continuou sentada no chão, um pouco mais relaxada, esperando o tempo passar, a tinta agir...como se toda a sua vida dependesse da mudança da cor do cabelo.
Depilou as pernas... perguntando a si mesma, como podia ter deixado os pelos chegarem a este tamanho.
Pintou as unhas de azul.
Correu pro chuveiro e enxaguou a cabeça, e a tinta que escorria levava consigo qualquer lembrança triste.
Secou-se cantarolando e dançando, com um sorrisinho alegre de quem acaba de ter um orgasmo.
Secou o cabelo bagunçado com o difusor, almejando por um visual selvagem, libertador.
Abriu a gaveta e escolheu um vestido floral bem alegre... um pouco mais curto que o normal.
Pulou rebolando as coisas no chão como se estivesse se divertindo com seu próprio caos, e foi pra rua passear com o cachorro...testar o poder da sua mudança.
Sentiu- se leve e bela...ainda que seus olhos doessem com a claridade, ela estava lá, do lado de fora do closet.
É tarde da noite, e a garota de volta ao closet está pensando na bagunça que deixou espalhada no chão... e que precisa ser arrumada. Mas hoje, não...hoje, ela já foi longe demais!
Amadurecer
Nada como amadurecer
Desfrutar com glamour da minha própria companhia
Do meu silêncio
Do meu próprio caos
Bagunçar minhas coisas
Curtir a bagunça
E depois, arrumá-las de novo
De um jeito que me agrade
Que pareça comigo, no momento.
Aproveitar o tempo
A casa... a gula...o cachorro...
Desvendar cada pedaço do meu armário
E descobrir um pouco mais de mim
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