segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Conclusão amarga sobre o corporativismo


Onde falta experiência, sobra prepotência...
Onde sobra arrogância, falta conhecimento.
Onde falta talento, sobra o medo.
Medo de perder o controle,
Medo de não ser o melhor...
Medo de não ser o primeiro...
Mas o medo é para os fracos,
Pros impotentes...
Pros despreparados.
E disso, infelizmente o mudo está cheio!
Cheio de gente que pensa pequeno
De gente que só pensa em si mesmo
Que têm medo da verdade!
É assim...
Cada dia mais nos vemos cercados de hipócritas
Desprovidos de talento, caráter e cérebro.
São bons apenas em puxar o saco
E tirar do caminho qualquer um que seja um pouquinho melhor.
E fica cada vez mais difícil entender onde é que isso tudo vai parar
Despreparo, ego, acidez...reflexo da falta de caráter, estudo, bom senso.
População surda e muda,
Sem coragem, sem cultura
Liderada pelas piores mentes
Calada pelo medo de se sobressair e ser eliminada do jogo
Da vida cotidiana, corporativa
E é assim que o fraco se fortalece
E é assim que o forte se torna fraco
Sufocado pela discórdia causada pelo incompetente...
Ressentido por conseguir compreender tudo tão claramente
E por tantas vezes,
Não ter com quem conversar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Disconexa...




Mas é isso e não é só isso...
Se não bastasse o meu cinismo, eu me senti escolhida por minhas próprias escolhas.
Eu argumentei...
Rasguei o verbo, e com ele meu coração.
Emudeci.
Vai ver que em algum momento eu perdi o tempo...
Ou a vergonha na cara
E to aqui sentada, escrevendo idéias disconexas
Tentando silenciar a voz dentro da minha cabeça.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A garota no closet



A garota dentro do closet, estava sentada, encolhida...acoada... De repente começou a se olhar de canto no espelho... fez isso por horas. Chorou até que borrasse o rímel. Limpou com a mão, escorreu ainda mais.
Com o nariz entupido e o rosto inchado, percebeu que não havia nada de errado com ela, somente com o que ela esperava do mundo. Mas como ela não aprendeu a não esperar nada de ninguém, resolveu se reinventar. Jogou fora as antigas cartas, rasgou os poemas escritos e nunca entregues... cortou cabeças de fotos. Deletou nomes dos amigos no facebook...Doou sapatos novos e lindos que machucavam os pés, e com eles as calças quarenta que nunca mais voltariam a servir. Jogou fora os diários que virariam um livro. E antes que desaparecesse no meio do lixo, obrigou-se a ficar em pé, em frente ao espelho.
Sentia-se exausta e ao mesmo tempo leve, e feia...com sede de mudança.
Tirou a roupa, e ainda que em frente ao espelho, não teve coragem de se encarar. Sentou no chão. Pegou uma pinça e tirou as sobrancelhas, procurou a tesoura e aparou os pelos... então encarou o espelho, e com ele, os cabelos ressecados, presos num coque de pontas espetadas... começou a cortá-los, de maneira voraz, bagunçados como a sua cabeça. Abriu o armário. Encontrou uma tintura qualquer e aplicou na cabeça,
manchando a testa, as orelhas, as coisas espalhadas no chão. Pintou também as sobrancelhas, encarou o espelho e sorriu, com a imagem assustadora, divertida e melecada que assistia.
Continuou sentada no chão, um pouco mais relaxada, esperando o tempo passar, a tinta agir...como se toda a sua vida dependesse da mudança da cor do cabelo.
Depilou as pernas... perguntando a si mesma, como podia ter deixado os pelos chegarem a este tamanho.
Pintou as unhas de azul.
Correu pro chuveiro e enxaguou a cabeça, e a tinta que escorria levava consigo qualquer lembrança triste.
Secou-se cantarolando e dançando, com um sorrisinho alegre de quem acaba de ter um orgasmo.
Secou o cabelo bagunçado com o difusor, almejando por um visual selvagem, libertador.
Abriu a gaveta e escolheu um vestido floral bem alegre... um pouco mais curto que o normal.
Pulou rebolando as coisas no chão como se estivesse se divertindo com seu próprio caos, e foi pra rua passear com o cachorro...testar o poder da sua mudança.
Sentiu- se leve e bela...ainda que seus olhos doessem com a claridade, ela estava lá, do lado de fora do closet.
É tarde da noite, e a garota de volta ao closet está pensando na bagunça que deixou espalhada no chão... e que precisa ser arrumada. Mas hoje, não...hoje, ela já foi longe demais!

Às vezes adivinho seus pensamentos; outras, não sei quem você é.


Amadurecer



Nada como amadurecer
Desfrutar com glamour da minha própria companhia
Do meu silêncio
Do meu próprio caos
Bagunçar minhas coisas
Curtir a bagunça
E depois, arrumá-las de novo
De um jeito que me agrade
Que pareça comigo, no momento.
Aproveitar o tempo
A casa... a gula...o cachorro...
Desvendar cada pedaço do meu armário
E descobrir um pouco mais de mim