sábado, 28 de agosto de 2010

Emoções x Fechamento


Mãos suando frio, calor, cansaço.
Dor nos pés, cabeça cansada, já não funciona mais direito.
PRECISA FUNCIONAR!!!
O pescoço dói, as costas também. Pés inchados. Tendinite...
Unhas descascadas, pé cascudo,franja pixaim...
Cobrança, cobrança, cobrança.
Adrenalina. Vício.
Cigarros...
O sono não vem.
Já está quase na hora de levantar... morro de sono...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Relacionamento com o cliente


Não sei se já falei aqui, trabalho na área comercial, onde cada mergulho é um flash.
Cada dia é uma novidade, muda a meta, muda a função, aumenta a meta... a meta é sempre confusa... uma vez mudei de emprego por causa disso, mas hoje, a conclusão é que mudar de emprego é mudar a lata de bosta de lugar.
Comecei o mês na ralação, com um único objetivo, bater a meta com folga pra emendar o feriado de sete de setembro.
Tudo sobre o controle... resultado encaminhado, tão bem encaminhado que estava cobrindo férias dos colegas quando “ganhei” vinte novos clientes de um cara que foi desligado da empresa dia 22 ( detalhe| o mês termina dia 31), e como nessa vida, ninguém dá nada, eles entraram na minha meta e o prejuízo foi enorme.
A besta que vos fala, tentando correr atrás do prejuízo, comecei loucamente tentar contatar os novos clientes.
Liguei pra uma empresa X, falei com seis pessoas diferentes que transferiam para outra pessoa rindo, até que uma boa alma me atendeu:
“-Olha, é que meu chefe não quer mais renovar. Ele ficou bravo porque tivemos um problema, ligamos pro antigo executivo, ele marcou duas vezes e não apareceu...e agora você liga pra renovar? Agendar visita?!”
Pedi pra falar com o chefe dele e ele passou... o cara vomitou barbaridades, e eu tentando argumentar, gastando a ladainha pra agendar uma visita e conversar pessoalmente, até que ele disse:
“- Ah é!? Que legal!”
Já fiquei toda animada.
“-Vamos fazer o seguinte?!”
Respondi:
“Claro! To ouvindo!”
E ele concluiu:
“- Vai você e a IOB pra PUTA QUE PARIU!!!!” desligando o telefone na minha cara.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fernão Capelo Gaivota: o vôo de nós mesmos


"Era de manhã e o novo sol cintilava nas rugas de um mar calmo...” Com frases oxigenadas de silêncio, liberdade e dor, a escrita de Richard Bach traz a história de Fernão Capelo, uma gaivota que desejava ir além de si através de suas asas.
Ele tentava a todo custo ultrapassar o próprio limite alçando e planejando vôos que pudessem cortar o céu, as nuvens e o infinito. Chegou a subir trezentos metros, mas se atrapalhava com as asas. Seus pais sempre diziam para que ele tivesse como objetivo não o vôo rasante e rápido, mas o alimento.
“A vida é o desconhecido e o desconhecível, mas não podemos esquecer que estamos este mundo para comer e para nos mantermos vivos tanto quanto pudermos” dizia o pai.

E ele não queria ouvir. Sua obsessão em se superar era gigante. Até que um dia ele conseguiu o que ele queria, indo muito longe e voando por mais de 300 quilômetros por hora. Ele aprendeu a dormir no ar e a pegar peixes raros, utilizando o mesmo controle interior, atravessou nevoeiros cerrados e “subiu acima deles para céus estonteantes de claridade...”

Todo feliz de si, encontrou o bando e contou o feito. E foi desligado do grupo acusado de ser irresponsável. Ele voou mais longe ainda...E encontrou uma resposta muito importante para sua construção enquanto pássaro...

“A única resposta que encontro, Fernão, é que você é um daqueles pássaros que se encontram num milhão. Quase todos nós percorremos um longo caminho. Fomos de um mundo para outro, que era praticamente igual ao primeiro, esquecendo para onde íamos, vivendo o momento presente. Tem alguma idéia de por quantas vidas tivemos de passar até chegarmos a ter a primeira intuição de que há na vida algo mais importante do que comer, ou lutar, ou ter uma posição importante dentro do bando? Mil vidas...dez mil! E depois mais cem até começarmos a aprender que há uma coisa chamada perfeição, e ainda outras cem para nos convencermos de que o nosso objetivo na vida é encontrar essa perfeição e levá-la ao extremo”...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sobre sexo e religião



De vez em quando dou carona pra uma amiga do trabalho, e vamos batendo o maior papo.
Fofocas, manchetes, namoro, casamento, e a última, sexo e religião.
Acho que religião é um assunto complicado de ser discutido, mas como entendo que Deus é amor, energia, e que tudo o que ele quer é nossa felicidade, me sinto confortável pra falar a respeito.
Tenho criação católica, mas não sou praticante. Sinto falta de um templo, mas não de um Deus. Converso com ele como se estivesse dentro do meu coração e pra mim funciona bem.
Sei lá eu porque, em determinado ponto da conversa chegamos ao assunto sexo.
Minha amiga diz que sempre que transa com o namorado se sente culpada, porque sexo antes do casamento é pecado...e que por isso eles evitam transar.
Não acreditei!!!
“Como é que é? Não existe isso!” Expliquei pra ela que aprendi em Direito Romano na faculdade que a virgindade vem da época dos Feudos, onde o Sr. Feudal, além autoridade e proprietário das terras, era responsável pela igreja. Quando ocorriam casamentos dos camponeses, a primeira noite de casada de cada camponesa era do Sr. Feudal, para que supostamente, o primeiro herdeiro fosse da igreja, impedindo a divisão dos bens da igreja. Foi assim inclusive, que posteriormente o celibato dos padres passou a ser obrigatório, evitando herdeiros da igreja e assim, a partilha dos bens.
Ela argumentou que entendia que o sexo era um presente de Deus pós casamento, e eu perguntei:
“-Então os homens das cavernas estão todos no inferno?!”
Mais silêncio.
“- A Eva e o Adão pelados no paraíso?! Não era propício pra transarem? Aliás, nem sei se transaram... acho que se a Eva não tivesse dado a maçã pro Adão, o cabeçudo teria morrido de fome!!!”
Ela:
“- Ai, não fala assim!!!”
E continuei;
“- Deus é um cara criativo, criou trocentos lugares, espécies, animais e pessoas, um de cada jeito, cada um com uma carinha, uma personalidade. Cada uma com um padrão físico, tamanhos e formatos diferentes, que é pra gente testar até encaixar, igual porca e parafuso.” Ela horrorisada começou a rir.
Disse que acho lindo ter uma religião, e conceitos, mas que discordo de tudo que gere sentimento de culpa, porque Deus é amor, é perdão, é ensinamento, e não castigo, julgamento, restrição... e que se o sexo é feito com amor, foi pra isso que ele criou... afinal se transar é só pra procriar, não precisa dar prazer, então, é melhor polinizar!!! Igual planta!!!
E ela desceu do carro rindo, rumo à faculdade...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tudo a ver.


Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

Charles Chaplin

sábado, 21 de agosto de 2010

Mais uma dica de filme: Precious


Preciosa conta a história de Precious Jones, uma garota pobre do Harlem que sofre com diversos infortúnios da vida. Ela está grávida pela segunda vez, sofre abusos em casa e busca uma oportunidade de seguir a vida. A tristeza não abala a garota que acredita que seus sonhos podem ser realizados e o sucesso está próximo. Sua base se fixa na amizade conquistada com o tempo entre suas colegas de classe, sua professora e as pessoas que a cercam. Precious inicia assim, a mais longa jornada de sua vida rumo a luz, ao amor e a superação pessoal..

Muito triste, muito real... bom para assistir em dias de TPM.

Sábado só para meninas


Uma amiga do MBA definitivamente precisava de um banho de loja pra dar uma levantada na moral.
Chamei a responsabilidade e claro, transformei a oportunidade num mega evento. Agitei a mulherada e lá fomos nós no maior frio pra Zepa (José Paulino).
Acabei juntando duas turmas e convidando uma velha e excelente amiga pra participar.
Fizemos compras, demos risadas e como estamos ficando velhas não agüentamos a muvuca seguimos rumo a um restaurante japonês (bem tradicional) na Liberdade.
Mulheres unidas, baixaria declarada... lembramos da solteirisse ( no meu caso), e de histórias inusitadas... em alto e bom tom! As senhorinhas japonesas do restaurante, ficavam vermelhas e riam de olhinhos fechados tampando a boca.
O tempo passou e acabamos não percebendo.
Outra amiga (e uma das pessoas mais engraçadas que conheço) liga no celular desta velha amiga e pergunta onde ela está, ao saber que estávamos no restaurante disse que iria nos encontrar.
“- Pô?! E nem me chamaram?”
Combinamos então que iríamos pra minha casa, fazer coisas de menina: unhas, hidratação, vodka com energético! O maridão dando uma cochilada básica e a gente se matando de rir.
Contei tudo isso pra contar uma história desta última maluca que apareceu.
Pensa numa pessoa linda, engraçada e deprimida... que faz a gente morrer de rir da própria depressão. Loira, linda, com voz de funkeira, poposuda ( parece até uma “panicat”, mas ela não gosta de ser chamada assim),
Há mais de um ano, fica de idas e vindas com um cara que não vale nada e que carinhosamente no post, chamarei de maracujá (maracujá de gaveta).
No aniversário do rapaz, foi apresentada como amiga para os pais.
Falava que gostava da música da Gal, “Vaca profana” porque fazia lembrar dela...por causa das “divinas tetas”.
Terminou diversas vezes com ela, com o argumento de não saber se “ela é a mulher da vida”.
Dentre outras...
Não a acompanhava em nada, vivia colocando ela pra baixo dizendo que estava gorda demais, ou magra demais, e que precisava ficar parecida com a Juju Panicat, e o máximo que ela fazia era chorar até borrar a maquiagem trabalhada. Acho que ele potencializava a depressão dela.
Na época da copa, mesmo não querendo assistir o jogo, não queria que ela fosse.
E depois do segundo jogo que ela foi, ligou pra ela terminando o namoro, dizendo que “não sentia mais borboletas no estômago!”
Fala sério! Isso não pode ser desculpa de cabra macho!!!!
Fiquei indignada, ela também, mas foi assim que acabou.
O final da história é que eles acompanham a vida um do outro pelo Twitter, e agora ele fica mandando recadinhos:
“- Ela tinha razão, a propaganda da Oral B é mesmo idiota!”
E ela faz comentários de baladas, coisas alto astral.
A última twittada do maracujá foi a seguinte:
“- Pelas marcas de pneus nas suas costas, vejo que também anda se divertindo.”
Achamos que a mensagem era direcionada a ela e procuramos no google o significado da frase inteligente demais pra ele.
Adivinhem?! É a letra de uma música do Falcão, chamada “Não ejacularei na sua boca.”
Espero que nem no twitter ela o siga mais, porque além de brega, o cara é um bosta!
Conversando a respeito, lembrei que as pessoas só fazem com a gente aquilo que permitimos.
Meninas, definitivamente, vocês fazem minha vida mais feliz.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pior do que tá não fica....


Pra quem quer dar boas risadas, recomendo o horário político.
Não aguentei o Tiririca falando: "Pior do que tá não fica. Vote Tiririca." Concluindo com: "Você sabe o que faz um deputado federal? Eu também não! Vote em mim que depois eu te conto!!!"
Gente, se não fosse trágico seria cômico!!!!
Pessoal, não vamos cair nessa!
Eleição é uma oportunidade única de decisão!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não resisti.


Uma mulher, executiva de uma grande empresa, faz a sua primeira viagem
de negócios ao Rio de Janeiro.
À noite, sentiu-se sozinha e com uma sensação de liberdade que nunca
havia sentido antes..
Decidiu chamar uma dessas "empresas de acompanhantes", cujos folders
de propaganda estão nas mesas dos quartos de todos os hotéis nas
grandes
cidades.
Localizou, sem dificuldade, um que oferecia serviço masculino,
denominado "ferótico".

Com o encarte nas mãos molhadas de suor pela expectativa discou o
número marcado.

- Alô! atendeu uma voz masculina marcadamente sensual.
- Alô. Eu preciso de uma massagem... Não, espera ! Na realidade o que
eu quero é SEXO! Uma grande e duradoura sessão de sexo, mas tem de ser
agora!
Estou falando sério! Quero que dure a noite inteira! Estou disposta a
fazer de tudo, participar de todas as fantasias que vocês inventarem.
Traga tudo o que tiver de acessórios, algemas, chicotes, consolos,
pomadas, vibradores, e quero ficar a noite inteira fazendo de tudo!
Vamos começar passando geléia no corpo um do outro, depois quero que
você me grude na parede... estou disposta a fazer de tudo e topo todas
as posições: frango assado, rã com câimbra, canguru perneta,
folhinha-verde, vaca atolada, saquinho de chá, helicóptero...

Ou tu tens alguma idéia mais tesuda? O que tu achas?!

- Bem, na verdade me parece fantástico. Mas aqui é da portaria do
hotel... Para chamadas externas a senhora precisa discar o zero
primeiro...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nextel e o atendimento ao cliente


Comprei um celular novo, top pra facilitar a vida. Prazo de entrega, três dias. Sete dias depois, ele chega.
Mais feliz e exibida do que o Kiko com a bola quadrada.
Doze horas de carga...
Coloquei o chip no telefone, ele morreu.
Liguei na central de atendimento ao cliente
O atendente pede a senha master pra me ajudar a salvar o telefone, e eu digo q não tenho, pq está presa no telefone que morreu... ele dizia:
"-Sra. Sem a senha ñ posso ajudá-la!Enviarei por SMS."
"- Moço, não dá, tá presa no celular que morreu. Anoto na memória...”
“- Então nada pode ser feito!!!”
“- Não é possível? E se eu tivesse sido assaltada!”
Ficamos nesse empasse quarenta minutos, falei uns palavrões e ele desligou na minha cara!!!!
Lá pelo sexto atendente, depois de confirmar dez vezes meus dados pessoais, eles chegaram à conclusão que meu chip estava com defeito.
Preciso aguardar mais 24h...

domingo, 15 de agosto de 2010

Assisti e recomendo - A Origem


Imagine o seu sonho mais maluco. Aquele sonho cheio de reviravoltas e sensações e que te deixa confuso, sem saber se o que está acontecendo é real ou não. Imaginou? Então você está perto de sentir tudo o que “A Origem” te propõe em seus imperceptíveis 148 minutos de duração.

Em um universo visual interessante e mutável, acompanhamos a jornada de um ladrão diferente. Dom Cobb ( Di Capprio) é especialista em roubar informações secretas da mente de pessoas enquanto elas sonham. Com sua equipe, ele consegue entrar no subconsciente de suas vítimas e vasculhar os lugares mais secretos.


Com a vida pessoal destruída pelo “trabalho”, é nele, contraditoriamente, que tem sua última chance de redenção. Mas agora ele precisa ir além de descobrir segredos do subconsciente. Precisa, a todo custo, inserir uma idéia nos sonhos de um rico herdeiro. Assim poderá finalmente voltar para casa.

Imperdível...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010


Como sabem, gosto de animais. Li este texto e fiquei comovida.
Resolvi compartilhar...
Que ordinário! Eu aplicaria a ele Lei de Talião... arrastando-o no meu próprio para-choques...
Um cara que faz isso, não serve pra nada. Não gosta de ninguém...
Que tristeza.



‎13 de agosto de 2010 N° 16426 hoje ARTIGOS - jornal zero hora
Cadela Preta, por Jaime Nudilemon Chatkin, Promotor de Justiça de Defesa Comunitária de Pelotas
Cadela Preta. Cachorro de rua, cachorro negro, animal-fêmea. Dependente da bondade de estranhos, como o famoso personagem da dramatur...gia, acabou padecendo pela maldade de estranhos seres racionais, arrastada pelos paralelepípedos cortantes e contundentes de ruas barbarizadas, com os filhotes no ventre, até a morte.A violência covarde que a vitimou não é muito diferente da que habitualmente se comete contra outros seres sensíveis e inofensivos numa sociedade em que animais praticamente recém-nascidos já se encaminham às brasas, em que a vida dos outros vale pouco ou quase nada, exceto para os que lucram muito com elas. Milhões de palavras não seriam suficientes para descrever a existência sem amor, sem lar, sem compaixão, sem perdão e sem redenção que acomete bilhões dos nossos companheiros de jornada neste planeta, dia após dia, a cada momento. As informações a respeito são facilmente acessíveis, a dois “cliques” de distância de qualquer um que queira se importar. Talvez sirva de atenuante aos algozes da Preta tal fato, de terem suas mentes forjadas em uma cultura que enaltece as coisas feitas como sempre foram e se assusta com a mudança e repele a novidade, num comodismo egoísta que empurra lenta e cruelmente para o futuro uma avaliação ética mais ampla do nosso comportamento para com os semelhantes, humanos e não humanos.Todo o volume de papel dos processos, das correspondências, dos jornais, das sentenças, não trarão Preta de volta à sua vida pacata, e sua calidez ingênua foi retirada para sempre da selva de pedra em que vivemos. Mas uma coisa deveria ficar clara nesta história que aos poucos vai chegando ao fim. A punição dos culpados era uma causa sem dúvida nobre para o Ministério Público; o efeito pedagógico gerado tem importância indiscutível; o aperfeiçoamento moral de pessoas e comunidades envolvidas também não pode ser esquecido. Porém, acima de tudo, que fique registrado nos anais dos acontecimentos que a Promotoria de Justiça de Pelotas agiu em nome da própria Cadela Preta, e não apenas por fundamentos emocionais, mas porque o Direito Positivo Brasileiro – o conjunto de leis que deve reger uma sociedade civilizada – preceitua há muito tempo que o Estado é o tutor de todos os animais. Fica a esperança de que o poder desta tutela mude e se fortaleça com o passar do tempo, na medida em que igualmente mudem e se fortaleçam nossos sentimentos compassivos. E, assim, o sofrimento de Preta não terá sido em vão.
Parabéns também ao promotor pelo excelente artigo. O aperfeiçoamento moral e os sentimentos compassivos devem ser objetivos de todos que se consideram seres humanos e racionais.
Fonte: http://adotacao.blogspot.com/2010/08/motorista-que-arrastou-cao-ate-morte-e.html

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FIM


A vida é muito doida...as pessoas então...
Como é que pode ser tudo tão intenso, tão sincero e de repente acabar.
Como a mesma coisa pode soar diferente pra duas pessoas tão semelhantes.
A verdade é que dói quando o fim não tem por que.
Onde fica o dito pelo não dito...
Quando não sei no que errei.
Sou intensa demais, sincera demais... nada pela metade me conforma.
Não basta um amor...quero uma paixão avassaladora.
Não basta um amigo...quero um fiel escudeiro.
Quero tudo. Quero tudo porque dou tudo.
Falo de parceria, confiança, sinceridade, honestidade.
Sobre dizer o que penso, o que sinto, a verdade!
Acreditei que éramos parecidos, mas você não passou de mais um.
Que desapareceu,
Aproveitou o meu melhor,
Levando consigo minha energia, minha saudade, minhas lágrimas.
Um pedaço do meu coração.
Clonou quem eu sou, e agora finge ser eu.
Com cara de anjo, imitando minhas piadas,
Agindo como se a diferença entre a original e a réplica não fossem perceptíveis.
Pra alguns, de fato não é.
Desdém, sem motivo nem razão.
Apenas divergência de caminhos ou falta de tempo.
Mas o tempo, é a gente que faz.
Não precisava ser eterno, apenas sincero.
E não foi. Hoje está claro que não foi...
Nunca...
Só mais uma lata de bosta no meu caminho.
Preciso aprender a não esperar nada de ninguém...
Tento de novo, penso que será diferente...
Um novo fim, com um novo sumiço, outra decepção.
Um chute certeiro. Uma facada nas costas...
Ainda em busca da “batida perfeita”
De uma amizade verdadeira.
Onde o amor e a sinceridade, ultrapassem a competição.
Onde valha a pena fazer planos pra vida inteira...



Hoje vomitei o que estava engasgado na minha garganta pra um suposto amigo, herói imaginário, vilão da vida real... por cinco meses acreditei na falta de tempo, mas hoje, acredito na falta caráter do cidadão...
Agora passou a agonia que sentia no peito...
O que me consola, é que meu avô faleceu com oitenta e seis anos, e os amigos no seu velório não enchiam os dedos de uma mão...
Triste...

sábado, 7 de agosto de 2010

De repente 30


Chegar aos trinta é confuso. Você está mais segura, mas na véspera do aniversário pira de insegurança... é como querer mudar de emprego, marido e família, e ao mesmo tempo não querer mudar nada.
É como criar consciência do desejo do controle da própria vida.
É a fase onde você tem consciência de que precisa fazer um regime, mas se sente bonita cheinha...
É como se mudasse um ciclo, e os três meses que antecedem a mudança viram uma TPM constante, uma agressão aos hormônios e ao universo.
Eu que sou festeira, passei meu aniversário de 30 aos nervos cada vez que alguém perguntava:
“- Quantas primaveras?”
Não quis festa, nem sair com amigos. O melhor que fiz foi ir ao cinema, pra não ter que conversar com ninguém... nem com meu marido! Assistimos “Se beber não case”, e como o filme é muito engraçado e deu uma levantada no humor.
A loucura era tanta que quatro dias depois do meu aniversário iniciava a terapia.
Os problemas eram vários... coisas de gente louca.
Cheguei à conclusão que a bunda de vinte e cinco, não é igual a bunda de trinta...
Já quando era magra me achava gorda.
Que um duende maligno, cava fundo nas minhas coxas enquanto eu durmo.
Que minhas roupas encolhem só pra me irritar.
Que hoje sou segura o suficiente pra sair de casa com uma roupa freak e uma flor de dona do puteiro nos cabelos, sem me preocupar com a opinião alheia.
Que fofoca é coisa de gente que não transa.
Que posso tudo aquilo que quero.
E que o que mais quero é amor e respeito, o resto é conseqüência.
Que o importante é ser feliz!
Percebi que quem gosta de mulher magra estilista, e que a grande maioria nesta categoria é gay.
Percebi que as pessoas amam pessoas que se amam. E que a mesma perspectiva é válida para o respeito.
Percebi ainda que atravessar a rua e receber buzinadas dos motoboys; ou ainda passar em frente uma construção e ser chamada de delícia é sinal de regime urgente! Chamo de termômetro da gordura.
Percebo que cada fase da vida é única e melhor, e que nada deveria ser diferente do que é.
Que a vida da mulher de trinta é insana; dividida entre ser uma executiva de sucesso, trabalhar, estudar, casamento, coisas de mulher, família, amigos, cuidar da casa e domesticar a doméstica...sempre fazendo escolhas; das mais simples às mais complexas: remendar a unha, secar o cabelo, tomar café da manhã, ou dormir mais meia hora... Fazer janta, ou esperar o marido cheirosa... Ser mãe ou ser promovida. Que cada dia mais brigamos por direitos iguais, e a única proporção que aumenta é a de obrigações. Cada vez fazemos mais, levando a uma disparidade de funções sem tamanho, além da perda da referência de ser mulher; porque nos falta tempo para isso.
Que eu queria mesmo era a máquina do tempo pra voltar e dar na cara da filha da puta que queimou o sutiã.
O tempo escasso da vida de mulher maravilha nos leva à escolha sórdida entre o cabelo bonito, ou a bunda bonita... pra que reste um pouquinho do “ser mulher”.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Diario de um Cão








1ª semana: Hoje faz uma semana que nasci. Que alegria ter chegado a esse mundo!!!
1 mês: Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar.
2 meses: Hoje me separaram de mamãe. Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que minha nova "família humana" cuidasse de mim, como ela havia feito.
4 meses: Cresci muito rápido, tudo chama a minha atenção. Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos". Somos muito levados, eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando.
5 meses: Hoje me castigaram, minha dona se zangou porque fiz "pipi" dentro da casa... mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como eu durmo na área de serviço...! eu não me agüentei!!!
6 meses: Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido...Creio que minha família humana me ama muito... Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavocando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida. Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.
12 meses: Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!
13 meses: Como me senti mal hoje... Meu "irmãozinho" tirou a minha bola. Como nunca pego seus brinquedos fui atrás dele e o mordi. Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer. Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação (certamente não vacinaram)...não entendo nada do que está acontecendo.
15 meses: Tudo mudou... vivo preso no pátio...na corrente...me sinto muito só...minha família já não me quer. Às vezes esquecem que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra...
16 meses: Hoje me tiraram da corrente. Pensei que tinham me perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e meu rabo parecia um molinete... Parece que vou passear com eles. Subimos no carro, atrelamos o carreto e andamos um grande trecho quando pararam. Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram... -"Esperem"!!! - lati...-"esqueceram de mim...!!!".- Corri atrás do carro com todas as minhas forças...minha angústia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham me abandonado...
17 meses: Procurei, em vão, achar o caminho de volta à casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma... quisera que me adotassem, eu seria leal como ninguém. Porém eles apenas dizem -"pobre cãozinho, deve estar perdido".
18 meses: Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria"... uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.
19 meses: Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais de mim... Agora que estou muito fraco, com um aspecto bem mudado... perdi meu olho, as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me na sombra...

AGORA, VOCÊ DECIDE O FINAL DESTA ESTÓRIA

FINAL "B"

Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Antes tivesse me matado... porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita de ervas fora da estrada... Já faz 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. -"Pobre cãozinho, veja como te deixaram"- dizia... junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: -
"Sinto muito senhora, mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofrer." - A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lagrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque nasci, se ninguém me queria...

FINAL "A" - 20 MESES


Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Antes tivesse me matado... porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita de ervas fora da estrada... Já faz 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. -"Pobre cãozinho, veja como te deixaram"- dizia... junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: Vamos fazer o possível, mas é um caso quase perdido.

Fui levado a um lugar estranho, com máquinas que não compreendi. Me amarraram, deram umas picadas e puseram uns tubos. Fui adormecendo....Acordei me sentindo enjoado, dolorido, cheio de faixas, mas com a pessoa da voz doce perto de mim, o que me fez sentir feliz, depois de muito tempo... Depois de umas horas ela me colocou num carro e levou pra uma casa, onde me deixou numa caminha quente....

24 meses

Demorou mas me recuperei bem. Vou mancar pelo resto de minha vida, mas isso não me importa... Também meu olho cego não me importa.... Só me interessa que tenho novamente uma família, pessoas que gostam de mim e que vão receber em troca um amor e dedicação que só um cão pode dar. Sou feliz outra vez !!!

O FINAL DESTA ESTÓRIA DEPENDE DE TODOS NÓS. POSSE RESPONSÁVEL - ESTA É A ÚNICA SOLUÇÃO

Pressione os políticos de sua cidade para que sejam realizadas campanhas de castração - Ajude as sociedade de proteção, especialmente conseguindo que pessoas adotem um animal abandonado

EXERÇA A CIDADANIA - DENUNCIE MAUS TRATOS



Autor desconhecido

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Brega é uma questão de opinião.



Fui convidada por uma colega de trabalho pra sua festa temática de aniversário: Festa Brega!!! Como adoro festas temáticas e tenho mania de transformar tudo em um mega evento agitei a galera. Preparamos figurino. Fizemos um esquenta em casa e partimos para a festa.
Fomos num carro só, parecíamos saídos do túnel do tempo. Chegamos ao endereço, uma viatura na porta, pessoas sem fantasia, festa vazia; fiquei bem preocupada já que eu era a rainha do brega, de peruca e tudo mais, e meu marido portava um bigode de responsa... Bom, os amigos que abraçaram minha idéia e também estavam travestidos, essa altura do campeonato queriam me matar.
Lá pela sétima volta no quarteirão, demos de cara com aniversariante e resolvemos entrar, já que com àquelas roupas seria a única possibilidade de balada.
Sabe àquela parte do filme Bridget Jones, onde ela chega de coelhinha, numa festa que não era à fantasia porque alguém a enganou?! Foi assim que me senti!
Entramos em câmera lenta na festa. Vazia. Os poucos convidados não estavam a caráter. Ou sei lá, talvez estivessem...todos nos olhavam e sorriam. Alguns pediam até pra tirar foto... nem Mickey Mouse teria feito tanto sucesso se tivesse aparecido.
Cheguei à conclusão que brega é uma questão de opinião. Será que as pessoas que estavam de roupas comuns estavam fantasiadas e eu é quem sou brega por achar àquela roupa comum? Ou será que as pessoas fora do tema estavam se sentindo bregas por não terem entrado no clima da festa?! Porque em minha opinião, brega é ser convidado pra uma festa temática, aparecer fora do tema com a desculpinha de que não teve tempo, estragar o clima da festa e ainda ficar pagando pau pra quem fez a produção. Chique é entrar no clima de uma festa temática, com personalidade sem medo de ser feliz.
Como numa festa o que importa são os amigos, o evento foi um sucesso!
Agradeço aqui à Nubia por ter me convidado.