quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Diario de um Cão








1ª semana: Hoje faz uma semana que nasci. Que alegria ter chegado a esse mundo!!!
1 mês: Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar.
2 meses: Hoje me separaram de mamãe. Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que minha nova "família humana" cuidasse de mim, como ela havia feito.
4 meses: Cresci muito rápido, tudo chama a minha atenção. Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos". Somos muito levados, eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando.
5 meses: Hoje me castigaram, minha dona se zangou porque fiz "pipi" dentro da casa... mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como eu durmo na área de serviço...! eu não me agüentei!!!
6 meses: Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido...Creio que minha família humana me ama muito... Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavocando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida. Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.
12 meses: Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!
13 meses: Como me senti mal hoje... Meu "irmãozinho" tirou a minha bola. Como nunca pego seus brinquedos fui atrás dele e o mordi. Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer. Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação (certamente não vacinaram)...não entendo nada do que está acontecendo.
15 meses: Tudo mudou... vivo preso no pátio...na corrente...me sinto muito só...minha família já não me quer. Às vezes esquecem que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra...
16 meses: Hoje me tiraram da corrente. Pensei que tinham me perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e meu rabo parecia um molinete... Parece que vou passear com eles. Subimos no carro, atrelamos o carreto e andamos um grande trecho quando pararam. Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram... -"Esperem"!!! - lati...-"esqueceram de mim...!!!".- Corri atrás do carro com todas as minhas forças...minha angústia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham me abandonado...
17 meses: Procurei, em vão, achar o caminho de volta à casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma... quisera que me adotassem, eu seria leal como ninguém. Porém eles apenas dizem -"pobre cãozinho, deve estar perdido".
18 meses: Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria"... uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.
19 meses: Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais de mim... Agora que estou muito fraco, com um aspecto bem mudado... perdi meu olho, as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me na sombra...

AGORA, VOCÊ DECIDE O FINAL DESTA ESTÓRIA

FINAL "B"

Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Antes tivesse me matado... porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita de ervas fora da estrada... Já faz 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. -"Pobre cãozinho, veja como te deixaram"- dizia... junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: -
"Sinto muito senhora, mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofrer." - A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lagrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque nasci, se ninguém me queria...

FINAL "A" - 20 MESES


Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Antes tivesse me matado... porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita de ervas fora da estrada... Já faz 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem: "não chegue perto". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. -"Pobre cãozinho, veja como te deixaram"- dizia... junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: Vamos fazer o possível, mas é um caso quase perdido.

Fui levado a um lugar estranho, com máquinas que não compreendi. Me amarraram, deram umas picadas e puseram uns tubos. Fui adormecendo....Acordei me sentindo enjoado, dolorido, cheio de faixas, mas com a pessoa da voz doce perto de mim, o que me fez sentir feliz, depois de muito tempo... Depois de umas horas ela me colocou num carro e levou pra uma casa, onde me deixou numa caminha quente....

24 meses

Demorou mas me recuperei bem. Vou mancar pelo resto de minha vida, mas isso não me importa... Também meu olho cego não me importa.... Só me interessa que tenho novamente uma família, pessoas que gostam de mim e que vão receber em troca um amor e dedicação que só um cão pode dar. Sou feliz outra vez !!!

O FINAL DESTA ESTÓRIA DEPENDE DE TODOS NÓS. POSSE RESPONSÁVEL - ESTA É A ÚNICA SOLUÇÃO

Pressione os políticos de sua cidade para que sejam realizadas campanhas de castração - Ajude as sociedade de proteção, especialmente conseguindo que pessoas adotem um animal abandonado

EXERÇA A CIDADANIA - DENUNCIE MAUS TRATOS



Autor desconhecido

3 comentários:

  1. Olá Ana...

    Eu acho que se cada um fizer a sua parte já está muito bom. Tenho visto muita gente que não tem condições de manter um animal em casa e mesmo assim faz questão de ter.

    É lamentável, mas há muita gente insana neste mundo, gente que pega um cão para guardar sua residência e quando cão late o dono agride o animal para ficer quieto.

    Graças à Deus os meus eram de rua e agora estão sendo muito bem cuidados por mim. A cachorrinha Minie quando a ergo por baixo do peito balança seu rabinho com a traseira pendurada pra baixo.

    Bastaria que cada um fizesse sua parte!

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  2. Concordo plenamente...
    Postei este texto, porque onde trabalho, algumas pessoas pegam filhotes e quando crescem abandonam. Abomino isso. Como sei que leem o blog...

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  3. É essa -no fundo- uma das razões por que o mundo não é melhor. Meu pai costumava dizer: Quem não tem competência não se estabelece. E muita gente tem por costume realizar certas coisas inconsequentemente, de forma aleanatória, visando apenas preencher um mesquinho ego.

    É esse individualismo que não permite que tais individuos pensem no bem da coletividade, porque não conseguem perceber que desencadeando efeitos malignos trará consequentemente agravantes malignos no todo da nossa sociedade.

    Já fiquei de boca fechada algumas vezes pensando que se o animal é do outro o problema não é meu, mas mudei recentemente o meu pensamento, porque vivo nessa sociedade a qual não quero ver sua ruína, uma vez que não nos trará um lugar melhor para se viver.

    Prosperidade e decadência é algo que precisa ser visto. É necessário ver onde é que termina a prosperidade e começa a decadência.

    Obrigado pelo seu comentário.

    Lis.

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