A terapia... ou o Eu e a Alma...

Ainda sobre a terapia...
Passei meu aniversário de 30 anos chorando.Eu queria me separar mas não queria, porque amava meu marido, e odiava ao mesmo tempo, na verdade acho que odiava o silêncio dele, eu queria sumir, chorar, um novo emprego, mas eu amava trabalhar onde eu trabalhava...eu não atendia meus amigos ao telefone... e acredite, eu que sou festeira, passei o aniversário no cinema, pra não ter que conversar com ninguém.
Faço dia 11 de novembro, no dia 15, feriado, estava eu na terapia... um dos processos é a Constelação Familiar... (www.institutouniao.com.br ou www.elainelili.com.br), de forma chula, explicaria como sendo o centro espírita de gente viva. Resumindo você consegue saber o que pega no seu relacionamento com sua mãe, com seu marido, ou com um amigo... a terapeuta consegue entrar no lugar da pessoa com quem tem o problema, captar a energia e representar o papel.
E começou assim: “- Porque você está aqui?” E desabei a chorar, respondendo: “To fudida! Triste, agoniada! Não sei o que fazer, porque nem sei explicar o que está acontecendo comigo...”
Ela perguntou: “- Onde está sua alma com relação a você nesta sala?” e eu: “Minha alma?!Bem aqui na minha frente!”. A terapeuta parou na minha frente, se concentrou e começou a falar sorrindo e batendo o pé, como eu faço, quando estou nervosa; desentortou o quadro da parede como eu queria fazer, e começou a falar como eu me sentia: “ -Eu não acredito em grande amor, acredito que a gente viva um grande amor, e eu to perdendo tempo na minha vida, blá blá blá...” e depois disso, ela me perguntou se eu sabia a diferença entre o eu e a alma, e eu respondi que não.
Então ela explicou que a alma é seu espírito, tudo que você aprendeu em outras vidas (se é que elas existem), é ela que te dá força, energia, garra...
Já o eu, é o que você, seus princípios, tudo aquilo que você aprendeu que é certo, aquilo que te faz ponderar, engolir sapos, optar por não tomar decisões, àquilo que morre com você.
E continuou, ficamos deprimidos porque sufocamos nossa alma com nosso eu, e então perdemos nossa força, nossa energia. É a alma que dá força... é alma que vai atrás do que quer e traz pra si.
Foi quando pensei que eu era feliz quando era alma... sempre fui alma... e por que mesmo eu não estava sendo?!
Acho que tem coisas que as pessoas dizem sobre a gente, ou pelo simples fato de não dizerem nada, acabam sufocando nossa alma, ou o que ela precisa... a gente acredita em coisas que não são verdades sobre nós mesmos, e eu não sei porque.... e esse era o meu caso.
Concluiu: “- Temos que ponderar quando somos eu ou alma. Em grandes decisões ou escolhas, alma... e momentos explosivos, eu....” em dias de fechamento sou alma, quando te quero, sou alma...quando volto pra casa e seguro a onda sou eu... quando não mando tudo as favas, num dia difícil de trabalho, sou eu.
Foi um divisor de águas na minha vida... em quatro sessões de terapia individual, entendi a razão da minha tristeza, e pra não dizer que nunca mais chorei, só às vezes em que me permiti.


Estou compartilhando, porque acho que vale a pena.