domingo, 17 de julho de 2011

Solidão a dois


Um silêncio sem fim
Que arde e corta
Aperta, esmigalha...
É o carrasco do amor próprio
É a falta de coragem para reagir
É a espera que nunca chega
O silêncio que é melhor que a briga
A dor que deixa oca a alma
Como fome...
Que corrói
E depois de um tempo amarga a boca
E com o tempo passa
Ou acostuma...
É um não sei o que
Que não se explica
São necessidades diferentes de amor
É o excesso de trabalho
A falta de sensibilidade
O mínimo de observação
É a certeza do amanhã
Que leva ao comodismo...
Ao silêncio... à posse.

4 comentários:

  1. Amei o texto, verdadeiro....com sentimento....
    bjo

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  2. Ai, apenas isso que consigo dizer depois desta postagem !!!!

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  3. Há uma lenda na mitologia grega citando que Pigmaleão além de escultor era também rei de Chipre. Cansado de procurar pela mulher perfeita (ideal), e já decidido a ficar para sempre no celibato, decide esculpir uma estátua de marfim onde projeta a imagem de uma mulher perfeita.

    Apaixonado pela estátua pede a Deusa Vênus (Afrodite) que lhe conceda vida. E assim se fez: Em um toque de lábios a estátua ganha vida, apaixona-se por ele, se casam, e posteriormente têm uma filha.

    Na psicologia chama-se "Efeito Pigmaleão" quando muito se deseja que algo aconteça, e acredita-se a tal ponto que o falso acaba se tornando real...



    LUA DE MARFIM.

    Olho a face da lua
    E vejo nela a face tua
    Só nua junto à mim.

    Em tudo há um jardim
    Dos gestos de um oculto
    Culto do bem sem fim.

    Olha, discreta mulher...
    Onde não há jura secreta
    Decreta amor por fim.


    Obs. Ao meu ver não há mulher alguma perfeita sem que antes seja M-U-I-T-O, mas muitissímo inteligênte mesmo, a ponto de decifrar num simples olhar o que o outro está pensando.

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  4. Nossa, que lindo!!!
    Qualquer dia desses vou postar seu comentário!!!
    Posso?
    Adorei!!!

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