quinta-feira, 2 de junho de 2011

No Táxi - Primeira Parte




Depois de pegar um vôo que atrasou duas horas, cheio de turbulências e instabilidades, chego a BH pra visitar a filial e fazer um desligamento muito dolorido.
Super nervosa, cansada, corri pra fila do táxi.
O primeiro táxi tinha uma passageira na porta, entrei no segundo. Uma Grand Tour, linda! A passageira do primeiro táxi desiste e lá vem o motorista pra porta do táxi que eu já estava dentro:
“- A senhora precisa mudar de táxi, porque eu sou o primeiro e a prioridade é minha!”
E foi assim que os dois taxistas começaram a discutir exaltados, meu destino. Até que veio uma moça da cooperativa e pediu que pra resolver o problema eu mudasse de táxi, e lá fui eu, meio contrariada, mas era o jeito...
Do aeroporto à filial leva uma hora e eu, sempre durmo.
O cara acelerando com as janelas abertas. Meus cabelos voando e eu virando o Rei Leão, quando pedi:
“- Amigo, por gentileza, vamos ligar o ar porque se não vou chegar no trabalho igual um leão.”
E ele:
“- Ah não posso não. Aumenta o consumo...”
Eu:
“- Mas cara, esta corrida é cem pau... tem que ligar o ar sim!!!”
Ele ficou puto mas ligou e eu cochilei no táxi...
De repente escuto:
“-Ow acorda aí! Por onde eu vou?!”
“-Como por onde vai, não sou daqui, você quem é o taxista!!!”
E ele:
“- É responsabilidade sua saber o caminho!!!”- irado!
“- Porra, se eu soubesse o caminho, alugava um carro e não um táxi, né retardado?!”
O cara macho desembestou a cantar pneus e amaldiçoar:
“- Agora eu vou ficar gastando minha gasolina porque você não sabe o caminho!”
Pedi pra que parasse o carro pra eu descer, mas ele não parou...
Chegamos, pedi a notinha pra reembolso. Outro drama.
“- Ah, num tem não! Você tinha que ter avisado antes!”
“- Bem, se você não me der a nota vou chamar a polícia...”
Com muita má vontade ele fez a nota.
A filial fica no centro, numa rua subida movimentada.
O cara não abriu a porta nem pegou minha mala.
E eu perguntei:
“- O Sr. Pode por favor pegar minha mala?!”
“- Posso não!”
Foi quando eu alucinei.
Estávamos parados ao lado de uma caçamba, abri a porta e empurrei com o pé, batendo na caçamba...Ele gritou:
“- Ow, se tá louca!?!”
E eu já fora do carro bati a porta(igual geladeira) com tudo gritando:
“- Agora tô!!!”

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